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O Trampolim de Oiticica

"Passo a me conhecer através do que eu faço, porque na realidade eu não sei o que eu sou."

Hélio Oiticica

O Trampolim de Oiticica é uma série de performances ligadas ao processo de composição musical, em que a criação musical ocorre sempre simultaneamente aos processos vividos.

Solidão

Durante sete dias estive isolado sem poder ter contato com qualquer pessoa. Proposta que fala da solidão e da loucura. Processo realizado na aldeia de Talasnal na Serra da Lousã, em Portugal. Uma vila com distribuição de água, gás e energia automatizada mas vazia fora da época turística. Para não correr risco de acidentalmente encontrar alguém me propus a só sair de casa à noite.

39 dias

Após o fim do relacionamento meu com a violoncelista Raquel Reis, estivemos por 39 dias sem nenhum contato. O combinado é que após esse período nos reencontraríamos em uma sala onde permaneceríamos por uma hora em silencio, após esse período buscaríamos a comunicação através da música.

Tempo em Movimento

Por 51 dias compus uma música em que apenas um compasso poderia ser feito por dia. Nada foi pré determinado e o caminho da composição foi se desenvolvendo ao longo de quase dois meses de trabalho, seguindo sempre em frente já que nada do que fosse feito poderia ser alterado depois. Um exercício de paciência e disciplina.

Seis dias em Silêncio

A proposta teve como objetivo estar em silêncio. Para isso, propus-me a estar sem nenhuma comunicação com o exterior, fosse ela de qualquer natureza: falada, escrita, gestual, corporal. Ao longo de seis dias estive livre para receber todas as informações e sensações do exterior – da cidade, das pessoas, das imagens, dos sons –, mas não poderia responder a elas. A partir do terceiro dia nesse estado, passei a buscar a comunicação através da música. Gravação registrada em trio com:

Pedro Carneiro Silva - Piano

Moisés Perez - Baixo

David Pires - Bateria

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